terça-feira, 11 de outubro de 2016

Amores Wi-Fi - Temporada 7 Episódio 14: #NãoVaiTerGolpe






Algumas semanas haviam se passado. Eia havia marcado um encontro com o vizinho da piscina, que obviamente desmarcou.

Quando foi acertar o horário, Luciano disse que tinha esquecido o aniversário de uma amiga e que não poderia faltar.

Sentiu o cheiro sufocante da mentira. A mentira tinha cheiro de rato podre.

- Bia, morreu um rato na cozinha, sentiu o cheiro?

Bom, parece que a mentira não cheirava tão mal assim.

O problema era que, depois, Luciano apareceu cobrando atenção.

- EU ESTOU CANSADA DE GENTE CARENTE E MALUCA!

Gritou, decidida a mandar Luciano para a puta que o pariu.

Pelo andar da carruagem, entendeu que seria mais um ano de casinhos rápidos. Seus relacionamentos recentes caíram mais rápido que os ministros do presidente Temer iriam cair. Mas se fosse para ser rápido, que fosse ao menos bastante divertido. Não estava nesse mundo para derramar lágrimas. E nem levar golpes.



***



A vida de Tina estava empacada no segmento afetivo. Mais ameaçada que o governo. Era como se todas as suas chances estivessem contra ela própria, indo às ruas para pedir o impeachment da sua vida amorosa para sempre.

E o que as suas chances ganharia contra ela mesma? Não sabiam. Não ganhariam nada, mas achavam que estavam fazendo a coisa certa.

Ao menos não havia mais esbarrado com Thiago pelas ruas. Em parte porque evitava os lugares que ele mais frequentava, inclusive a sua lojinha de doces favorita.

- Ai que saudades dos doces. E de Thiago também.

Pensou, largando um suspiro. Uma mulher pode sentir saudades de um homem, mas do açúcar, ah, esse é imbatível. Com ele ninguém podia.

Por isso resolveu romper o seu jejum de cupcakes de doce de leite e foi até a lojinha, se cagando toda de medo de esbarrar com Thiago de novo e não saber fingir estar bem.

- Mas foda-se!!!!!

Pegou sua clust amarela e saiu, salivando de vontade de se jogar nos doces.

“Não vai ter golpe!”


***




Marcela e Roni estavam tendo a primeira DR. Notou que ele estava estranho, e resolveu perguntar.

- Já faz mais de um mês que saímos juntos e não somos nada, somos duas pessoas que se pegam. Só.

- Roni, faz mais de um mês que saímos, mas nos vimos apenas duas vezes...

E foi por esse rumo que a conversa seguiu. Roni sentia-se desaplaudido, era acostumado a iniciar relacionamentos de forma mais rápida. Marcela, por outro lado, apesar de estar aberta para um namoro, preferia conviver mais, conhecer mais, as coisas boas e ruins.

Roni não entendia.

Após o fim da conversa as coisas continuaram como estavam antes, mas algo no jeito de Roni demonstrou que tudo havia mudado para sempre.


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